Flávia Mesquita
Flávia Mesquita traduz, em sua arte e técnica, uma visão profunda de conexão e significado. Desde seus primeiros passos nas artes em São Paulo até sua formação em Artes Visuais pela PUC de Campinas, ela buscou entender como o mundo ao redor se entrelaça com nossas histórias. Sua trajetória é marcada pela habilidade em diversas áreas — da escultura à pintura, da tapeçaria à tecelagem —, mas foi no ensino da tapeçaria que percebeu que tecer vai muito além de fios: é, antes de tudo, um entrelaçar de ideias, emoções e momentos.
Há quase duas décadas, Flávia dedica-se à técnica singular de tecer papéis, uma abordagem inovadora que revela as infinitas possibilidades do material. Com paciência e um olhar atento, sobrepõe e entrelaça folhas de papel para criar composições que, em suas camadas, refletem a própria natureza humana — encontros, desencontros, as interseções de vidas que constroem nossa realidade.
Suas formas geométricas básicas ganham vida em composições que capturam flashes dos eventos humanos, suas posturas e afinidades, convidando o observador a ver, na pluralidade dessas formas, uma unidade sutil e interconectada.
Arcs in Shape
Paradigma é uma obra que transcende a simples estética e se adentra nas complexidades da condição humana. Com lâminas de papel entrelaçado em cores quentes, Flávia Mesquita cria um padrão que ressoa com a essência dos comportamentos sociais, refletindo as nuances e as dinâmicas que moldam nossa existência.
Reflexões Sobre os Padrões que Moldam Nossa Essência
Neste delicado entrelaçar, cada camada de papel representa um fio de conceito, uma ideia que se entrecruza com outra, formando uma rede de paradigmas que orientam nossas vidas. Flávia nos provoca a pensar sobre esses padrões, esses modelos e mapas comportamentais que, ao longo do tempo, se impõem sobre nós, influenciando o modo como pensamos e agimos, muitas vezes à revelia de nossas mais íntimas convicções.
Reflexão Visual Sobre Emoções e Normas Invisíveis
As cores quentes vibram com uma intensidade que cativa e instiga, simbolizando as emoções e as vivências que permeiam a experiência humana. Assim, **Paradigma** se torna um convite à reflexão: uma exploração visual da construção social que, embora muitas vezes invisível, dita as normas e as expectativas que nos cercam.
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