Juliana Bittl
Nasci entre linhas, agulhas e o murmúrio delicado das máquinas de costura. Na minha família, as mãos das mulheres eram como pincéis que pintavam histórias de afeto em cada peça criada.
Cresci vendo a magia do feito à mão e aprendendo, pouco a pouco, as técnicas que moldavam não só os tecidos, mas também os laços que nos uniam.
Enquanto trabalhava em fábricas, rodeada por metais e máquinas, sentia o contraste entre a frieza do industrial e o calor do artesanal. Era como se os materiais ao meu redor sussurrassem possibilidades, combinando o passado das mulheres que me inspiraram com um futuro que eu começava a desenhar.
Pingente de Parede Cerrado
Há uma poesia sutil nas paisagens do Cerrado — um silêncio quente, uma beleza que
não grita, mas permanece. É dessa força serena e desses tons de terra que nasce
este pingente, criado como um tributo à natureza que resiste, floresce e encanta.
A peça é um convite à contemplação daquilo que é essencial, daquilo que sustenta a vida mesmo em terrenos áridos. Uma lembrança tátil de que a beleza também habita o seco, o rústico, o simples — e que a natureza, em todas as suas formas, fala conosco através da cor, da textura e do tempo.
Cada fibra, habilmente trabalhada, reflete o espírito artesanal e a intenção de dar ao cotidiano um toque de beleza natural, deixando que a luz dance através dos fios, como uma memória das mãos que a criaram e do desejo de explorar o novo sem perder o encanto pelo natural.

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