Paulo Kurazumi
Paulo Kurazumi, nascido em 1988 em São Bernardo do Campo, é um artista cujas obras são imersas em uma profunda conexão entre arte, yoga e meditação. Com uma pós-graduação em História da Arte pela FAAP, ele encontrou na pintura e no desenho um meio único de explorar os estados físicos e espirituais dos objetos. Suas composições, com espirais e serpentes sem cabeça, envolvem o espectador em uma dança de formas e cores que se entrelaçam e se fundem, criando um campo de movimento contínuo.
Inspirado pelas culturas milenares orientais, Paulo vê o desenho e a pintura como extensões de sua prática de yoga, um elo que o conecta com o ancestral e o tempo. Cada obra é uma reflexão visual sobre a relação entre corpo, mente e o gesto criativo, transmitindo ao público uma sensação de harmonia e introspecção.
Em seu trabalho, a meditação é uma disciplina fundamental, e cada traço e cada cor que compõem suas obras são guiados pela consciência do tempo e a busca pela realidade além do imediato. Ao explorar essas dimensões, Paulo oferece uma experiência única que vai além da estética, convidando o público a entrar em um espaço de reflexão e conexão profunda.
Pés de Lótus de Krishna
Em “Pés de Lótus de Krishna”, Paulo Kurazumi combina técnica, espiritualidade e
contemplação visual. A pintura apresenta uma composição quadrada, dominada por
círculos translúcidos e vibrantes que se sobrepõem ritmicamente em tons de vermelho, laranja, amarelo e verde, criando um campo hipnótico e dinâmico.
No centro inferior da imagem, emergem com delicadeza os pés azulados de Krishna, ornados com os 19 emblemas sagrados da tradição védica. Concha, lótus, disco e arco são alguns dos símbolos inscritos, cada qual carregando um significado espiritual profundo no Bhakti-yoga, representando proteção, refúgio e o destino final da alma.
A pintura nasce de uma prática meditativa: a repetição dos círculos como forma de mantra
visual, e a aparição dos pés como âncora de serenidade no fluxo constante de formas e cores. É uma obra para ser sentida antes de ser compreendida, um lugar de contemplação silenciosa, onde o divino toca a terra e o coração encontra descanso.

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